Álbum de estreia, videoclipe, shows,
preconceito, cena rock nacional, planos para 2015, a vocalista Fernanda Hay do OVERDRIVE falou
sobre isso tudo e muito mais...
Oriunda de Curitiba a jovem banda
OVERDRIVE nascida em 2012 sendo composta por Diego Porres (Baixo), Fernanda Hay (Vocal), Joel Jr. (Bateria), Luis Follmann (Guitarra), chamou a atenção na cena rock local
e até nacional em 2013/14 com seu auto-intitulado álbum de estreia. Desde então
o grupo tem feito várias apresentações importantes, incluindo abertura para o ícone YNGWIE
MALMSTEEN. Em 2014 o grupo lançou seu primeiro videoclipe oficial que já ultrapassou a
marca de 15 mil visualizações.
Para saber um pouco mais da OVERDRIVE e seus
planos para 2015 fomos conversar com sua bela e talentosa vocalista Fernanda
Hay que gentilmente nos atendeu e com muita simpatia e paciência nos respondeu um 'monte' de
perguntas. Confiram!
SS - Olá Fernanda Hay, seja bem vinda
ao ww.silenceofshadows.com.br
Fernanda Hay - Imagina, eu que
agradeço vocês pelo carinho!
SS - Por favor, apresente a Overdrive
para os leitores de Silence of Shadows, e diga com uma breve frase o motivo
pelo qual eles devem ouvir a sua banda.
Fernanda Hay - Bom, lançamos nosso
primeiro CD em Setembro de 2013 e desde então temos feito o que amamos, musica
de verdade! Acho difícil falar sobre a banda e sobre nosso som, é mais fácil
cada um escutar e tirar as próprias conclusões. No fim das contas essa é a
parte mais gostosa a arte em geral, interpretar como bem entender, não é?! O
motivo pelo qual deveriam escutar? Acho que ninguém deve escutar nada, mas
fazemos nosso som com muita paixão e é fantástico poder dividir isso com vocês!
Quem quiser trocar conosco essas sensações sinestésicas que a musica cria e dar
uma chance para nos conectarmos desta forma, taca o play e bóra lá!
Fernanda Hay - Nossa que pergunta
difícil! É um assunto muito amplo. Bom a Fernanda é a mesma, acho que o que
mais muda dentro e fora dos palcos é a timidez. No palco ou com os fãs eu
dificilmente tenho vergonha de alguma coisa, mas longe de tudo isso sou um
pouco tímida, houve uma época em que eu tinha vergonha de pedir comida por
telefone, inclusive! (risos) Mas eu tenho melhorado. Parei para pensar nessas
diferenças durante essa semana inclusive, falando com a Hellem, uma amiga que é
como uma irmã para mim, ela disse ”as
pessoas que te veem pelo facebook não tem nem ideia de quem você é, Fer”. Será?
Tenho pensado sobre isso, talvez ainda não saiba responder a esta pergunta
direito, acredito que com o tempo as coisas vão aparecendo e ficando mais
evidentes, quem sabe. Vamos fazer uma pesquisa, o que o pessoal da internet
pensa sobre quem eu sou e o que meus amigos íntimos pensam. (risos)
Brincadeira! Mas é difícil responder esta pergunta, olhando de dentro e vivendo
isso 24/7.
SS - Como aconteceu sua entrada na
Overdrive e comente sobre este projeto ousado que a banda faz de voltar às
raízes do rock.
Fernanda Hay - Na época eu fui
chamada para um teste, foi horrível! (risos) Acho que foi a pior vez que cantei
na minha
vida, fiquei impressionada e encantada com o nível dos músicos, mas
mandei muito mal! Tinha certeza que não ia entrar na banda, eles eram incríveis
e eu fui um fiasco, no fim, cá estou. Vai ver eles não tinham muitas opções
mesmo... (risos).
Voltar as raízes? Eu acho engraçado
como todo mundo fala que temos uma pegada meio blues e jazz, não foi nada que
sentamos e decidimos que seria assim. Bom, as composições no geral são do Luis,
ele com certeza responderia muito melhor do que eu! Mas todo o resto foi
ocorrendo de forma muito natural, além da cabeça genial do Luis, o Diego é um
monstro tocando baixo, as linhas são insanas, o Joel também, tocar aquelas
quebradeiras de tempo do Luis não é para qualquer um, eu acabei colocando minha
identidade na voz e resultou na Overdrive! É um trabalho muito gostoso, sempre
me sinto desafiada por estar ao lado deles.
SS - O que realmente a Overdrive
busca ao incorporar ao seu som o blues e o jazz, originalidade tão importante
dentro da cena rock nacional ou liberdade de criação e evolução?
Fernanda Hay - Não buscamos nada!
Buscamos ser! Uma coisa muito legal da arte, da música é que não precisa ser
justificada, cada característica é sua própria razão de ser. Antes de você
buscar ela já te achou.
SS - Pode soar irônico, mas o disco
de estreia da Overdrive mesmo sendo enraizado ‘no passado’ é um trabalho que se
destaca justamente pelo contrário, a modernidade, sendo que boa parte desta,
culpo a você, por seu timbre e técnica vocal. Você também vê assim? E quais os
segredos técnicos dessa voz tão envolvente?
Fernanda Hay - Eu acredito que até nas
coisas mais futurísticas encontramos rastros do passado, pois este foi
fundamental na criação e desenvolvimento daquele, acaba que tudo é natural e
acontece. Mas difícil essa pergunta também, agradeço muito, mas não concordo!
(risos) Acho que cada integrante da banda é uma peça fundamental para nossa
sonoridade. Claro que cada um traz muito de si e isso resulta no montante
final! Segredos técnicos da voz envolvente, ual, obrigada! (risos) O segredo é
que não importa quanta técnica você tenha e quão incrível sua voz seja, se você
não for sincero nas suas palavras você nunca vai fazer música.
SS - Três faixas do álbum de estreia
do Overdrive em especial são responsáveis pelo bom nível do disco, na minha
opinião. E peço encarecidamente que faça uma autópsia delas pra gente e comente
sobre, “Overdrive”,“Love Tricks”, “Midnight Sunlight”
Fernanda Hay - Cada um tem suas
preferidas, isso é legal, acho que no final das contas cada uma tem seus
devidos adoradores. A que tenho escutado o pessoal pedir mais nos show é a Circe,
eu particularmente gosto muito dela também! (risos). Vamos lá, vou tentar:
Overdrive – Eu gosto muito dessa musica, a acho bem motivadora e sinto uma conexão muito deliciosa com o público quando a tocamos, como se fizéssemos de fato parte de alguma coisa.
Love Tricks – É muito gostoso tocá-la
também, é a musica que menos tem a ver com o resto do CD, como se fosse uma
pausa para explorar um pouco esse lado mais sexy, sempre bem divertido.
Midnight Sunlight – Pra mim o auge
dela é a parte que eu não faço nada! (risos) Aquele solo do meio antes de
voltar pra parte A, tem muitos momentos, muitas ideias, muito rico, comunica
muito com a letra e o berro final é revigorante! (risos)
SS - O videoclipe é uma vitrine
importante pra qualquer banda em termos de divulgação de imagem e som, a faixa
“Love Tricks” ganhou um clipe onde vimos uma Fernanda Hay se apresentando de
forma extremamente sensual. O vídeo mostrou uma Overdrive exatamente da forma
que vocês queriam ser apresentados, ou o ar de sensualidade foi apenas por
conta da canção “Love Tricks”?
Fernanda Hay - A musica pede isso!
Acabou que aconteceu! Se eu te contar que a ideia inicial era completamente
diferente? O primeiro roteiro que escrevemos foi uma comédia! Acabou não dando
muito certo, mas até hoje escuto a musica imaginando o outro clipe! (risos) Ele
nos trouxe um resultado muito legal, não esperávamos por tudo isso! Acabou
pedindo esse ambiente, duas cenas foram
cortadas fora por que não casaram com o restante, mas era pra personagem
principal ter levado um pé na bunda do noivo, no altar, para o clipe se
desenrolar e ter um desfeche que também foi cortado. Mas gostamos muito do
resultado final e estamos super felizes.
Fernanda Hay - Por ser mulher?
Talvez. Por não ser homem, nunca. As pessoas sempre vão falar dentro ou fora da
cena, o importante é acreditar no seu trabalho e em si mesmo, sempre sorrindo!
=D
SS - 2015 começou a todo vapor para a
Overdrive que gravou um videoclipe ao vivo para a faixa “Midnight Sunlight”.
Como foi pra vocês gravar mais um clipe e como tem sido o retorno do público?
Fernanda Hay - Não foi bem um clipe,
foi uma session numa escola chamada Academia do Rock, eles fazem uma breve
entrevista e gravam uma musica ao vivo na escola, com o equipamento e pessoal
deles. Foi bem divertido o pessoal é muito bom e a escola é linda! O Luis,
nosso guitarrista da aulas lá!
SS - Você também compõe? Toca algum
instrumento?
Fernanda Hay - Eu arranho um pouco de
violão, guitarra, piano... Algumas coisas, mas não sou boa em nada! (risos)
Tenho algum material meu. Quem sabe um dia eu grave, quem sabe não... Vamos ver
o que 2015 nos reserva. Na banda só faço as letras.
SS - Vocês trabalham com algum selo
ou gravadora? E até onde isto é importante para a Overdrive?
Fernanda Hay - Não, é tudo produção
independente. Não sei dizer até onde é importante por nunca ter tido uma
experiência com gravadoras ou selos. Mas é bem suado e ralado, nós por nós mesmos
e bóra!
SS - Ser uma musa do rock nacional
está em seus planos? Por falar em beleza, é fácil pra você manter a boa forma?
Fernanda Hay - Uma musa? (risos) Acho
engraçado quando falam isso, musa do rock, deusa do metal, diva do rock... Meus
planos são cantar por aí, espalhar minhas ideias, minha musica, o que acontecer
junto, aconteceu. Mas não, nunca pensei nisso não! Tem concurso, é? (risos) De
qualquer forma, obrigada pelo elogio indireto! =D
Não é fácil não, eu sempre estou com
alimentação regrada e rotina pesada de treinos, tenho tendência a engordar, já
pesei 100Kgs. Hoje me permito me cuidar e tentar de fato alcançar uma forma que
me agrada.
SS - Você é modelo ou já fez algum
trabalho deste tipo?
Fernanda Hay - Sim, às vezes aparecem
alguns trabalhos! Precisando, trabalhos são sempre bem vindos! (risos)
SS - O que mais gosta de fazer nas
horas vagas?
Fernanda Hay - Horas vagas? Onde?
Como? (risos) Gosto de ficar com a família e amigos, dar boas risadas com
pessoas que eu amo, ter papos gostosos com pessoas inteligentes, com pessoas
mais velhas, com crianças, ler bons livros, assistir Star Trek, jogar vídeo
game, inventar receitas gostosas e light, inventar receitas gostosas não light
(e me odiar por uma semana por ter comido aquilo, mas fazer de novo), escrever
(poesias, contos, letras, o que for...), abraçar pessoas, ir ao parque, viajar,
subir montanha, meditar, sei lá, tantas coisas!
SS - Como está a agenda de shows e quais os planos da
Overdrive para o futuro próximo?
Fernanda Hay - Em um mês haverá clipe
novo! Esse ano, CD novo! Várias gigs,
março está lotadão de shows! Para quem quiser saber, tem a agenda de cada mês
na nossa página www.overdrivesite.com
SS - O que podemos esperar da
Overdrive em se tratando de um novo álbum?
Fernanda Hay - O inesperado, não há
dosagens para nada e nem freios, muito menos para misturas. Muaahahahaaa
SS - Atualmente você tem algum
projeto paralelo a Overdrive?
Fernanda Hay - Estou participando das
gravações de um projeto muito legal com um pessoal de SP, mas ainda não posso
falar sobre isso! Aguardem!
SS - Você deve ter cantores e
cantoras que a inspiram, quais são?
Fernanda Hay - VÁRIOS, os mais fortes
são o Bruce Dickinson, DIO, Freddy Mercury, Jorn Lande, Etta James e Nina
Simone.
SS - Dentro da cena metal rock se
fosse escolher cantores para fazer um dueto com você, quem escolheria?
Fernanda Hay - Nossa, quem eu NÃO
escolheria é mais fácil! MUITA GENTE BOA! Tem que ser uma pergunta mais
específica vai, me limita a um país, ou um estado, fica mais fácil! Três da
gringa, fora os que me inspiraram ali da outra pergunta: Myles Kennedy, Rusel
Allen, Glen Hughes, (vários outros). Três nacionais: Iuri Sanson, Alírio Netto
e Leandro Caçoilo.
Fernanda Hay - Paixão por musica.
SS - Desde o início de sua carreira
como cantora até hoje, qual foi momento mais marcante?
Fernanda Hay - Quando eu decidi
deixar todas as outras coisas e me dedicar exclusivamente a minha carreira como
artista em geral e cantora.
SS - Como você vê o momento atual do
rock nacional?
Fernanda Hay - As banda e o publico
são incríveis, sem dúvidas! Fico abismada com todo carinho! Mas essa pergunta
não pode ser respondida em um parágrafo, acredito que as palavras do Bill
Hudson a este respeito em Janeiro de 2012 respondem melhor a esta pergunta.
SS - Muito obrigado Fernanda,
sinta-se livre para deixar suas palavras.
Fernanda Hay - Gostaria de agradecer
imensamente a todos pelo carinho e apoio! Vocês são incríveis! Há novidades a
caminho, fiquem ligados e KEEP OVERDRIVING! \,,/
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